‘Aqui não tem nenhum cachorro’, diz Jander após Rosses usar termo ‘focinheira’ na CMM
- blogdojucem
- 17 de jun.
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Em mais um embate entre a base aliada e a oposição à Prefeitura de Manaus, os vereadores Jander Lobato (PSD) e Coronel Rosses (PL) protagonizaram uma troca de farpas na Câmara Municipal de Manaus (CMM). Durante o confronto, Rosses, em tom irônico, afirmou: “Infelizmente, muitos aqui estão com a focinheira na boca e não podem falar.” Jander Lobato, que presidia a sessão, reagiu prontamente à declaração.
“Hoje, a população de Manaus sabe quem é o rei da lambança, sabe quem é o rei da mentira, e todos nós, aqui nessa Câmara, sabemos quem é. Infelizmente, muitos aqui estão com a focinheira na boca e não podem falar, mas eu posso”, disse o vereador.
Ao reforçar sua posição, o parlamentar da oposição destacou que não se submete a pressões políticas para exercer seu mandato. “Eu sou dono da minha voz, sou dono da minha razão”, declarou Rosses, em um discurso carregado de críticas à base do prefeito David Almeida.
“Eu sou dono da minha voz, sou dono da minha razão e não tenho que ligar para nenhum prefeito, nenhum governador para dizer o que eu devo ou não devo falar. E nem tão pouco concordar com os absurdos que são feitos aqui contra a população e que eu sou obrigado a concordar porque eu faço parte de uma ninhada. Votei contra porque eu tinha esperança que isso poderia ter sido tirado de pauta e ser feito justiça”, acrescentou o vereador.
O discurso inflamado de Rosses foi uma reação à manifestação do vereador Raulzinho, que criticou os parlamentares contrários ao reajuste salarial de 5,48% concedido aos professores da rede pública municipal.
A declaração envolvendo o termo “focinheira” provocou a reação do presidente da sessão, vereador Jander Lobato, que considerou a fala desrespeitosa. Ele exigiu mais cautela por parte do colega ao se referir aos demais parlamentares.
“Eu acho que Vossa Excelência erra, comete um equívoco quando fala de “focinheira”, porque a gente não tem o cachorro. Pode até ter alguém que se ache mais macho do que o outro — o que eu acho improvável que exista. Então, quando Vossa Excelência tem o direito de falar, discursar, dar uma parte, fazer o que quiser. […] Mas que Vossa Excelência não falte com respeito aos colegas quando fala de “focinheira”, porque aqui não tem nenhum cachorro, nenhum animal. Por mais ignorante que alguém possa ser nesta casa, aqui não tem animal”, disse Jander Lobato, que presidiu a sessão no momento.
Diante da reação do presidente da sessão, Coronel Rosses tentou justificar o uso da palavra “focinheira”. Alegou que se tratava de um termo usado no meio militar.
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