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Candidatos a vice-governador: Qual a estratégia dessas escolhas?

  • blogdojucem
  • 11 de ago. de 2022
  • 2 min de leitura



A tradição amazonense da escolha dos vices sempre foi de se escolher nomes com capital político próprio, com votos, recursos e estrutura. Políticos com peso na política estadual como Serafim Corrêa (1998), Rebecca Garcia (2018), José Melo (2010), Omar Aziz (2002), Marcelo Ramos (2017) e Sidney Leite (2006), por exemplo, já figuraram entre os vices nas eleições.


Sempre se esperava que um vice trouxesse votos e/ou recursos pessoais ou de seu partido para a campanha. Escolhia-se o vice por seu potencial eleitoral, por sua capacidade de pedir votos e arrebanhar eleitores, mesmo sem a presença do cabeça de chapa.


Contudo, nesta eleição (2022), o cenário se alterou.


Os vices escolhidos pelas principais chapas como Anne Moura, de Eduardo Braga; Cláudio Machado, de Carol Braz; Cristiane Balieiro, de Ricardo Nicolau; Humberto Michilles, de Amazonino Mendes e Tadeu de Souza, de Wilson Lima, por exemplo, não são políticos com longa trajetória ou votações estrondosas. São pessoas de grupo, fiadores de alianças políticas e organizadores de campanhas.


É uma mudança no perfil que poderá indicar uma nova estratégia para a campanha.


Os nomes principais, os cabeças de chapa, terão de buscar votos sozinhos, por si mesmos, sem que o vice colabore diretamente nessa tarefa. O vice terá a tarefa de cimentar a aliança política, evitando brigas ou rachas.


Assim, teremos, pelo visto, uma campanha mais centrada nos nomes principais.


O antigo hábito de mostrar o vice e apontá-lo como alguém que pode atrair votos terá de ficar de lado, por ora.


O mais importante neste pleito, para o candidato a vice-governador será costurar para dentro, ou seja, zelar pela manutenção da coligação fazendo com que as executivas partidárias trabalhem harmonicamente e as máquinas envolvidas não entrem em conflito.


É um momento singular do passado recente das eleições estaduais.


Pode sinalizar uma nova configuração ou uma moda passageira, talvez determinada pelo momento nacional de polarização e pela dificuldade de se manterem as alianças.


É olhar e conferir se esta estratégia irá dar certo e de que forma ela se manterá, pois não é incomum em nossa história que vices se rebelem e tentem adquirir luz própria.

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