Contrariando profecia de Wilker, Alberto Neto descarta assumir Podemos
- blogdojucem
- 30 de jul. de 2021
- 3 min de leitura

A profecia do deputado estadual Wilker Barreto (sem partido) sobre os rumos que o seu ex-partido político, o Podemos, poderia tomar nos próximos meses com o deputado federal Capitão Alberto Neto (Republicanos) supostamente assumindo o comando estadual da sigla pode ficar para 2022, ano de Eleição e de Copa do Mundo.
Alberto diz que tem apoio do Republicanos e que a legenda está de acordo com seus princípios e valores. “A sigla apoia meus projetos e tem me dado todo o suporte que preciso como parlamentar”, destaca o deputado federal.
Em meio às incertezas geradas por Wilker nos Bastidores da Política amazonense sobre o comando do Podemos, Alberto diz que, se houver interesse em mudar de partido, a ida só deve acontecer em 2022.
“A janela partidária só abrirá ano que vem”, reforça o capitão.
O Racha no Podemos
Amom, Wilker, Jacqueline e Dermilson durante live comunicando desfialiação do Podemos (Foto: Reprodução)
No dia 9 de julho deste ano, Wilker comunicou que estava deixando a sigla para seguir Amazonino Mendes. O discípulo do cacique político disse discordar dos últimos posicionamentos do partido em apoio ao Governo do Amazonas, que ficaram claros com a indicação de Abdala Fraxe para a presidência regional da sigla.
Dermilson Chagas, que era líder do Podemos na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, também abandou a sigla juntamente com os vereadores Amom Mandel e Professora Jacqueline.
Na ocasião, Wilker disse que quem realmente assumiria o comando da legenda no Amazonas seria Alberto Neto.
Outra profecia de Wilker é a de que Amazonino estaria saindo do Podemos para voltar ao DEM, de Pauderney Avelino, porém a filiação do ex-governador não se concretizou até hoje.
Disputa pelo eleitorado bolsonarista nas Eleições para prefeito de Manaus
Na disputa pela prefeitura de Manaus em 2020, Alberto dizia ter o apoio de Bolsonaro (Foto: Reprodução)
Alberto Neto, o camisa 10 da última campanha rumo à Prefeitura de Manaus, disputava com Coronel Menezes (Patriota) a preferência do eleitorado bolsonarista e as bênçãos de Jair Bolsonaro (sem partido), mas acabou sendo menos votado nas urnas que o estreante Menezes.
Com o eleitorado bolsonarista dividido entre quatro candidatos, o capitão obteve apenas 7,82% dos votos válidos, ganhando apenas de Alfredo (PL), Romero Reis (sem partido), Chico Preto (sem partido), Marcelo Amil (PCdoB) e Gilberto Vasconcelos.
Republicanos X Podemos nas Eleições de 2020
Porém, antes mesmo de chegar a ser confirmado pelo Republicanos como candidato à Prefeitura de Manaus, Alberto Neto correu o risco de ser deixado no banco de reservas.
Isso porque nos bastidores da política houve a suposição de que o presidente do Republicanos Amazonas, o também deputado federal Silas Câmara, poderia recuar de lançar um candidato e apenas apoiar outro nome.
Alberto Neto durante campanha eleitoral na disputa pela Prefeitura de Manaus em 2020 (Foto: Divulgação)
No entanto, em meio à insistência de Alberto em largar a Câmara Federal e assumir a cadeira do principal cargo no executivo municipal, prevaleceu o sonho do capitão – que acabou não se concretizando.
Na última Eleição, no primeiro turno, Alberto acabou na sexta posição, atrás de Menezes, Ricardo Nicolau (PSD), Zé Ricardo (PT) e dos dois candidatos que passaram para o segundo turno, Amazonino Mendes (ex-Podemos) e David Almeida (Avante), esse último eleito prefeito de Manaus com 51,27% dos votos.
Naquele segundo turno, Alberto Neto não apoiou o candidato do Podemos e preferiu o Avante.
Estreia de Alberto Neto nas urnas
Alberto Neto durante sessão no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília (Foto: Divulgação)
Na primeira vez que disputou uma Eleição, Alberto Neto sonhou alto e acabou realizando o desejo. Garantiu uma vaga na Câmara Federal ao surfar na onda bolsonarista que estava em ascensão na época. Ele acabou em quinto lugar, com 6,08% dos votos. O deputado federal mais votado na época foi Zé Ricardo, com quase o dobro de votos de Alberto. O petista teve 11,19% dos votos.
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