Disputando Legislativo, 17 pastores somam patrimônio de R$ 5,4 milhões

Nas eleições de 2022 pelo Amazonas, 17 pastores ligados às Igrejas Evangélicas concorrem aos cargos de deputado estadual, deputado federal, senador e segundo suplente de senador. Esses candidatos declaram bens à Justiça Eleitoral que chegam a R$ 5,4 milhões.

Ao cargo de deputado estadual, 11 pastores evangélicos estão na disputa por uma das 24 vagas na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). Dois candidatos não apresentaram lista de bens ao Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM).

Oito candidatos declaram possuir R$ 1,5 milhão em bens. Entre eles, os que declararam ter o maior quantitativo em bens foram a Pastora Alissandra, que declarou à Justiça Eleitoral R$ 410 mil em bens, e deputado estadual João Luiz (Republicanos), pastor da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd).

O pastor, que disputa a reeleição na Aleam, informou possuir R$ 203,034 mil na lista de bens encaminhada ao TRE-AM.

Comparado com a última prestação de bens da eleição de 2016, João Luiz teve salto patrimonial de 577% em um período de seis anos. A prestação de bens de 2018 de João Luiz não consta na plataforma DivulgaCand (Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais).

Câmara Federal

Seis pastores disputam uma das oito vagas que o Amazonas tem direito na Câmara dos Deputados.

Entre eles estão Silas Câmara (Republicanos), que busca mais um mandato na Câmara Federal, e o vereador Marcel Alexandre (Avante). A dupla é a mais rica da lista, segundo o DivulgaCand.

Silas, pastor da Igreja Assembleia de Deus, indicou quase R$ 4 milhões em bens registrados em seu nome. Já Marcel Alexandre, que é pastor do Ministério Internacional da Restauração (MIR), afirmou que possui 403,2 mil, divididos em uma lista de bens com seis itens.

Perfil

Apesar de ainda não serem a maioria religiosa no país, líderes evangélicos são mais ativos politicamente do que lideranças da Igreja Católica.

Eles tendem a apoiar candidatos que consideram conservadores nos costumes, contrário à pautas como aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo.