Expulsão de membro do Psol-AM será definida pelo diretório nacional
- blogdojucem
- 17 de mai. de 2022
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A expulsão do autoproclamado pré-candidato ao Senado pelo PSOL, Raoni Lopes será definida pelo diretório nacional do partido, segundo a presidente estadual da legenda, Rosilane Almeida. Raoni é acusado por integrantes do partido de violência de gênero e teve participação direta na revoada de 158 filiados em março deste ano. O número de dissidentes foi confirmado pelo partido.
Nesse final de semana, a presidente tinha marcado uma reunião para discutir o afastamento de Raoni, que atualmente, é secretário-geral da sigla no Amazonas. “O que houve foi um conflito no grupo do diretório e ele mesmo se excluiu do grupo. Conforme o estatuto, só quem tem esse poder de deliberar para a expulsão de um membro do partido é o diretório nacional. O local não tem como fazer, mas pode afastar”, disse Rosilane.
Em resposta à pauta enviada, o diretório nacional disse que haverá ainda uma reunião para que se decida o futuro de Raoni na sigla.
“Diante das acusações, esperava que o diretório tivesse como afastá-lo. Mas como ele já foi presidente, ele me deslegitima através de resoluções. Não posso deixar que uma pessoa me deslegitime e oprima porque sou uma mulher do campo”, afirmou a presidente, que tem origem de Itacoatiara (AM).
Rosilane também alega sofrer de violência de gênero e afirma que vai utilizar a “justiça”para se defender dos ataques.
“Eles têm que aprender a respeitar o partido. A política interna tem que melhorar. [É preciso] compreender a participação feminina sem excluir a participação de pessoas de origem humilde”, disse.
Filiada ao Psol desde 2015, Rosilane foi eleita presidente regional da sigla no final de 2021, em um modelo de direção compartilhada. Ele deve ficar no cargo até outubro deste ano e assumir a tesouraria.
Raoni Lopes diz que acusação é mentira de Marcelo Amil
O secretário-geral do PSOL Amazonas disse que apoiou de forma política e financeira a chapa que elegeu Rosilane como presidente da sigla e, ainda de acordo com ele, isso desmente a alegação de que ele não aceita a correligionária.
“É uma mentira que o Marcelo Amil tá consolidando dentro do partido e quer levar para fora. A Rosilane Almeida vem de um processo de reconstrução [da sigla] comigo. Porém, temos uma divergência. Ela quer que seu candidato seja o candidato do partido, mas eles, até por preguiça, não conseguem articular no conjunto do partido e não conseguem construir uma maioria para essa indicação”, justificou Raoni.
Conforme o secretário, essa desarticulação levou Amil a construir uma “campanha de difamação” contra Raoni.
“Não aceito essas mentiras. Desde março, a gente vem tentando organizar o partido. Mas ela tem tomado medidas que a gente tem considerado burocráticas, isoladas e unilaterais”, disse Raoni, destacando que as divergências existentes deveriam ser resolvidas internamente.
“Ele [Marcelo Amil] faz o jogo sujo, por fora das instâncias, dentro da imprensa”, completou Raoni.
O secretário se defende e diz que tais ideias contrárias não têm relação com violência de gênero. Ele diz ainda que existe um processo no conselho de ética do partido que, caso a transgressão fosse detectada, ele seria notificado.
“Caso eles me peçam, eu vou responder. E caso exista uma punição por parte das instâncias, eu vou responder. O que está acontecendo agora é separado. É uma campanha de perseguição de Marcelo Amil, que ele sabe que não vai ser candidato a nada este ano. Ele vai ser, talvez, candidato a deputado estadual, mas o partido que vai decidir de verdade. Eu sou só aquele que está dentro do partido para organizar”, finalizou.
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