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Operação na primeira quinzena de Março destruiu 31 balsas do garimpo ilegal na região do rio Madeira

  • blogdojucem
  • 20 de mar.
  • 2 min de leitura

Desde o dia 11 de março, a Operação Xapiri, coordenada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com o apoio da Polícia Militar Ambiental, tem intensificado ações contra o garimpo ilegal na região do Rio Madeira. O nome “Xapiri” remete aos espíritos protetores da floresta, em referência à luta pela preservação ambiental e pelos direitos dos povos indígenas.


Entre os dias 11 e 15 de março, fiscais do Ibama realizaram um quantitativo expressivo de autos de apreensão e destruição de balsas ilegais utilizadas na exploração de ouro:


11/03 – 04 balsas destruídas

12/03 – 08 balsas destruídas

13/03 – 02 balsas destruídas

14/03 – 05 balsas destruídas

15/03 – 12 balsas destruídas


Grande parte dessas estruturas foi encontrada nas terras indígenas Setemã e Arary, áreas tradicionalmente ocupadas por povos originários que vêm sofrendo graves impactos devido à atividade garimpeira predatória.


Impactos do Garimpo Ilegal


A exploração de ouro na região do Rio Madeira tem causado prejuízos socioambientais severos. O despejo indiscriminado de mercúrio contamina a água, comprometendo a saúde de ribeirinhos e comunidades indígenas, além de impactar a fauna e a flora locais. Os danos incluem:


Poluição dos rios: O mercúrio utilizado no processo de extração do ouro envenena peixes e outros organismos aquáticos, afetando a principal fonte de alimentação e sustento das comunidades locais.


Destruição de habitats: O desmatamento e a movimentação de sedimentos alteram o curso dos rios, prejudicando a biodiversidade da Amazônia.


Ameaças e violência: A presença de garimpeiros ilegais gera conflitos com os povos indígenas, resultando em episódios de intimidação e violência.


Ação planejada desde dezembro


A Operação Xapiri é fruto de longas reuniões estratégicas entre a FUNAI e o Ibama, que desde dezembro de 2024 trabalham na organização de ações para coibir a atividade garimpeira ilegal. A missão tem como principais objetivos desarticular a mineração ilegal nas proximidades e dentro das terras indígenas, além de combater outros crimes ambientais que vêm sendo praticados na região.


A operação segue em andamento, sem data definida para ser encerrada. As forças envolvidas reforçam o compromisso com a preservação do meio ambiente e a proteção dos direitos dos povos indígenas, buscando garantir um futuro sustentável para as comunidades afetadas.


Segundo o Superintendente do IBAMA-AM, Joel Araújo, a ação tem como resultado a diminuição na poluição do Rio Madeira pelo mercúrio que prejudica a alimentação da população e o a avanço do garimpo para a terra indígena Koata-laranjal.

 
 
 

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