Palestino foi morto ao tentar defender o irmão depois de uma confusão por causa de um esbarrão; assassino preso não gostou de ter a roupa molhada e comparsa está foragido
- blogdojucem
- 14 de fev.
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Mohammad Manasrah, de 20 anos, um manauara de origem palestina que mora na Jordânia e passava férias em Manaus, morreu ao tentar defender seu irmão, depois uma confusão dentro bar Rox Club e Lounge, na rua Rio Içá, no Veiralves, no dia 8 de fevereiro. Esta foi a conclusão da Polícia, após investigações. Ao contrário do que se especulou inicialmente, não foi o gerente da Casa do Eletricistas, Robson Silva Nava Junior, de 30 anos, quem desferiu o golpe fatal usando um gargalo de garrafa e sim o amigo dele, Bruno da Silva Gomes, 27, preso ontem. O primeiro, entretanto, teve participação direta no crime, porque ajudou o segundo a alcançar o grupo em que estava a vítima. Ele segue foragido.
Conforme o delegado Ricardo Cunha, assim que a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) foi informada sobre o ocorrido, uma equipe policial foi ao local do crime, recolheu as imagens das câmeras de segurança do local e colheu depoimento de testemunhas.
“O Mohammad nasceu em Manaus, mas se mudou para a Jordânia ainda pequeno e morava lá. Ele estava passando as férias em Manaus, tinha vindo visitar a família que mora aqui, e no dia do crime ele foi à casa noturna confraternizar com seus amigos. Em determinado momento, o irmão do jovem esbarrou acidentalmente no Bruno e no balde de cerveja que ele estava segurando”, contou o delegado.
Segundo o delegado, o ocorrido fez com que Bruno se molhasse com o gelo que estava no balde. Então o autor inicia uma confusão generalizada e agride o irmão de Mohammad. Os irmãos estavam acompanhados de mais cinco pessoas, que revidaram a injusta agressão.
“Os seguranças da casa noturna controlaram a situação, separando todos os envolvidos e retirando o Bruno do local. O comparsa do Bruno, identificado como permaneceu no local e passou a proferir palavras ameaçadoras contra o grupo em que Mohammad estava acompanhado. Ele ainda permanece próximo ao grupo, os aguardando para sair para comunicar ao Bruno, que estava armado com uma garrafa do lado de fora da casa noturna”, falou o delegado.
De acordo com o delegado, quando o grupo sai do local, o Robson chama a atenção deles para si propositalmente, para que o Bruno possa alcançá-los.
“Então é quando o Bruno tenta lesionar uma pessoa que está de costas para ele e o Mohammad percebe o ato e tenta defender o seu amigo. O jovem foi um herói, salvou uma pessoa, todavia ele leva um golpe fatal no pescoço, que não é percebido de imediato, somente momentos depois”, explicou o delegado.
O titular da DEHS agradeceu à administração da casa noturna, que se disponibilizou desde o primeiro momento a colaborar com as investigações, por meio das imagens registradas tanto dentro quanto de fora da casa noturna.
“Já consideramos o caso como elucidado, entretanto, o Robson segue foragido. Ele teve um envolvimento de menor importância, mas foi uma participação efetiva para que o crime fosse praticado”, mencionou o delegado.
Conforme o delegado, durante interrogatório, o Bruno negou a autoria do crime. “O Inquérito Policial (IP) está robusto, portanto não resta dúvida de que ele é o autor do homicídio, bem como que a participação do Robson é efetiva”, citou o delegado.
Procurado
A PC-AM solicita a quem souber informações sobre o paradeiro de Robson Silva Nava Junior, que entre em contato com os números (92) 98118-9535, disque-denúncia da DEHS, ou pelo 181, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM). A identidade do informante será mantida em sigilo.
Bruno da Silva Gomes responderá por homicídio qualificado pelo motivo torpe e utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e está à disposição da Justiça.
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