Senador Plínio Valério confessa que recebeu R$ 50 milhões oriundos do orçamento secreto
- blogdojucem
- 11 de jul. de 2022
- 2 min de leitura

O senador Plínio Valério (PSDB-AM) reconheceu que recebeu R$ 50 milhões oriundos do orçamento secreto, conforme revelou o jornal paulista o Estado de São Paulo. Mas, o senador negou que o recurso recebido tenha sido uma troca de favores por ter votado em Rodrigo Pacheco para o comando do Senado, em fevereiro de 2021.
Sábado (9), o jornal revelou que apoiadores da campanha de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na eleição para a presidência do Senado, em fevereiro de 2021, receberam ao menos R$ 2,3 bilhões em emendas do orçamento secreto ao longo do ano passado. A distribuição de verbas ocorreu após a confirmação da vitória do senador, que contou com o aval do governo Bolsonaro (PL).
“Não tem como não aceitar emendas extras. Quarenta e sete por cento da população do Amazonas vive abaixo da linha de pobreza. Vou aceitar emendas todas as vezes que aparecer oportunidade. Não há essa coisa de troca. Votei sim e fui um dos primeiros a declarar meu voto”, rebateu o senador.
O senador encaminhou à reportagem planilhas que mostram que ele repassou o recurso para mais de 18 municípios do interior, além da capital, Manaus. Ao todo foram, segundo o senador, foram encaminhadas 86 emendas para prefeituras municipais, hospitais e instituições.
Confira o discriminado das emendas secretas recebidas pelo senador Plínio Valério:
Oficio-no-057.2022-Presidencia-do-CN-Indicacaoes-de-RP09-2020.2021Baixar
Orçamento secreto
A prática é vista por especialistas como compra de votos e de apoio parlamentar porque a distribuição dos valores não é igualitária e impessoal entre os congressistas.
O esquema também viola o princípio da publicidade por omitir os nomes e o destino das verbas distribuídas. O dispositivo chegou a ser anulado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Mas depois que os presidentes da Câmara e Senado convenceram a relatora da ação no Supremo, ministra Rosa Weber, de que projetos na área de saúde seriam prejudicados pela decisão, o Plenário do STF liberou novamente a prática, mas exigiu mais publicidade.
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