Suplentes no Senado: cargos de menor visibilidade são alvo de disputa
- blogdojucem
- 21 de mar. de 2022
- 3 min de leitura

Um dos postos de menor visibilidade na política, mas que desperta grande ambição é o de suplente de Senador. E, neste ano, a briga está ainda mais acirrada pelas duas únicas vagas de suplência que estão abertas para a cadeira hoje ocupada pelo senador Omar Aziz (PSD).
Favorito a renovar o mandato conforme as pesquisas de intenção de votos, as duas suplências de Omar são disputadas em várias frentes. Articulando o apoio do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), o senador poderá ter como suplente um indicado do prefeito e o nome mais cotado é o do secretário municipal de Limpeza Pública, Sabá Reis, considerado um coringa de David.
Omar também procura renovar o apoio de lideranças evangélicas da Assembleia de Deus, que no atual mandato indicaram o vereador Luís Mitoso (PTB) para a segunda vaga de suplente. Neste caso, surgiu nos últimos dias o nome do ex-vereador Amaury Colares. Por último, um nome que apareceu no radar nesta semana é o do deputado estadual Serafim Corrêa, que levaria para o Omar o apoio do PSB.
O ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto (PSDB) tem oscilado entre ter como suplente a própria esposa, Elisabeth Valeiko, ou o filho, o ex-deputado federal Arthur Bisneto. Na área política ele costura uma aliança com o ex-governador Amazonino Mendes, que seria o candidato do PSDB ao Governo do Estado e nessa condições poderia indicar para a suplência de Arthur o próprio filho dele, o empresário Armando Mendes. Em outra frente, Arthur pode indicar um empresário aliado e que traria apoio do segmento produtivo para a chapa.
Candidato ao Senado por indicação do presidente Jair Bolsonaro (PL), o coronel da reserva do Exército Alfredo Menezes costura com o presidente do PL no Amazonas, o ex-ministro Alfredo Nascimento, os nomes de suplentes que agradem aos dois grupo, no caso um militar da reserva e um aliado de Alfredo. Os nomes ainda não surgiram, mas a costura envolve o grupo de políticos bolsonaristas que vão entrar no PL neste mês.
O ex-deputado estadual Luiz Castro, que foi o último a entrar nessa corrida pela vaga no Senado, desta vez pelo PDT, disse, nesta quinta-feira (17), durante o lançamento das pré-candidaturas dele e da defensora pública Carol Braz ao Governo do Estado, que os postos de suplente para a sua chapa ainda não foram acertados e que a partir de segunda-feira vão começar as tratativas com outras forças para a escolha destes aliados.
Estratégias de escolha
Tradicionalmente as duas vagas de suplentes nas chapas de candidatos ao Senado são ocupadas de três formas: empresários financiadores da campanha; pessoas de confiança dos candidatos, incluindo aí familiares; e, por fim, aliados políticos.
Na atual composição da bancada amazonense a receita para a escolha de suplentes foi seguida a risca. As duas suplências do senador Omar Aziz foram destinadas a aliados políticos indicados por partidos aliados da campanha dele em 2014: o médico Helder Cavalcante, indicado pelo PL, e o vereador Luís Mitoso, indicado por lideranças evangélicas que apoiaram Omar.
O senador Eduardo Braga, que no primeiro mandato no Senado teve como suplente o empresário Lírio Parisotto, dono da Videolar e um dos principais financiadores da campanha dele em 2010, mudou a estratégia de escolha no segundo mandato, optando por pessoas da mais inteira confiança dele, no caso a própria esposa, Sandra Braga, e um dos principais dirigentes locais do MDB, o ex-deputado estadual Miguel Capobiango.
Plínio Valério optou por indicar suplentes da confiança dele, no caso Carlos Alberto de Castro Almeida e Jacira Maria Souza. Ambos já trabalharam com Plínio em mandatos na Câmara Municipal de Manaus.
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