Vereadores reagem sobre acusações de Amom de fake news

O vereador Amom Mandel (União Brasil) abriu seu discurso na tribuna com duras acusações e denunciou, nessa segunda-feira (21), assessores dos vereadores Joelson Silva (Patriota), Dione Carvalho (Patriota) e Sassá da Construção Civil (PT), por supostamente espalharem fake news a seu respeito. A denúncia foi feita durante sessão na Câmara Municipal de Manaus (CMM).

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“A minha fala de hoje começa sendo direcionada aos seguintes vereadores: Joelson Silva, Dione Carvalho, Sassá da Construção Civil. Os três citados são os vereadores, cujos assessores ou lideranças, foram encontradas [sic] difundindo informações falsas a meu respeito. Fake news é crime. Já foi dito aqui pelos próprios vereadores que esse tipo de coisa não é admito nesse Parlamento. Eu espero, com toda sinceridade do mundo, que esses assessores e lideranças comunitárias não tenham sido instruídos para tal”, iniciou Amom na tribuna.

Amom ainda chegou a citar os nomes dos assessores e líderes comunitários ligados aos vereadores. Segundo ele, as informações falsas davam conta de que Amom teria usado R$ 215 mil de verba da Cota para Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP), o Cotão, do qual o vereador afirmou veemente que não usou e que nem usará.

“Silvio Cordeiro Cardoso Barreto, assessor do vereador Sassá da Construção Civil difundiu informações falsas; rádio comunitária ligada ao Mário Radialista, segundo a página da própria rádio comunitária desse Mário Radialista, recebe recursos do vereador Sassá; líder Ridson Braz, ligado ao vereador Dione Carvalho; assessor do vereador Joelson Silva, José Marcos Simões Martins difundiu informações falsas sobre o meu suposto uso do cotão, nunca utilizei”, sustenta o parlamentar.

O que diz a base

A reportagem procurou o vereador Sassá, que não estava na tribuna no momento da fala de Amom, para comentar o caso. Para a Agência Brasil de Notícias, ele afirmou que respondeu ao pronunciamento do vereador Amom ainda nesta terça. Segundo o parlamentar, faltou diálogo de Amom para lidar com a situação.

"Eu nao tenho nada contra a pessoa dele, eu chamaria ele em particular, conversaria com ele sobre o assunto e não colocaria tudo em exposição para a imprensa, esse é o papel do parlamentar. Um assessor não falou mal da pessoa dele e o outro não trabalha comigo. Eu acho que falta mais diálogo e acho que o vereador precisa ter bom senso, quantas vezes eu e outros parlamentares não fomos vítimas de fake news e resolvemos sem essa exposição?", declarou Sassá.

Em outro trecho, o vereador completa ainda "o vereador devia propor projetos a sociadade, acho que o papel do vereador é cobrar, fazer projetos e não espalhar inverdades", afirma.

Por irônia do destino ou não, já nesta terça-feira, o tema fake news se tornou pauta de Projeto de Lei (PL) da vereadora Glória Carrate, também da base governista e integrante da mesa diretora da Casa.

Após a fala de Amom no pequeno expediente, o vereador Joelson Silva se posicionou sobre as declarações e disse que vai verificar o caso. Joelson declarou que, se for confirmado, ele deverá inclusive demitir o assessor.

“Vossa excelência vai me passar os comentários de um suposto assessor, e se for meu assessor, e se estiver fazendo isso, fazendo comentários mentirosos, ofensivos à Vossa Excelência, eu vou demitir do meu gabinete, porque não é assim que eu procedo. Então, todos os meus assessores, sem exceção, sabem que eu não trabalho criticando trabalho de nenhuma pessoa”, disse.