“Cena de terrorismo”, diz corredor sobre acidente que matou Emanuel; ato na Ponta Negra cobra justiça e medidas urgentes

Atletas e ciclistas se reuniram na manhã deste domingo (4), na Avenida Coronel Teixeira, no complexo turístico da Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus, para prestar homenagem e cobrar justiça pela morte do jovem Emanuel Fernandes, de 26 anos, atropelado enquanto participava de uma corrida de rua na última quarta-feira (1º). O motorista que causou o acidente estaria embriagado, segundo testemunhas.

A manifestação reuniu centenas de pessoas que, com faixas, balões e cartazes nas mãos, pediram paz no trânsito, respeito aos atletas e maior segurança nas vias da capital. O ato também contou com a presença de ciclistas, que denunciaram a omissão histórica das autoridades diante dos recorrentes atropelamentos de esportistas na cidade.

Grande parte dos manifestantes participaria da corrida “Manaus em Movimento”, que seria realizada neste domingo, mas foi adiada para o próximo dia 10 de maio em respeito à memória de Emanuel e em solidariedade às outras quatro vítimas feridas no atropelamento.

O corredor de rua Francisco Braga relatou os momentos de terror que viveu no dia do acidente. Ele foi uma das primeiras pessoas a conter o motorista. “Já tivemos três perdas com a do Emanuel. Eu que parei aquele carro. Estava lá. Eu e a minha esposa estamos há três anos nas corridas de rua. Na hora eu fiquei doido procurando minha esposa”, disse.

Segundo Braga, o impacto foi devastador. “Pessoas caindo uma sobre a outra. Me vi numa cena de terrorismo. Um atleta varou o para-brisa e caiu no banco do passageiro do carro. Em três anos perdemos o Emanuel, a Miscilene e o Ferrinho”, lamentou.

Corredora exibe ferimento no braço direito causado durante o atropelamento ocorrido na corrida de quarta-feira (1º)

A manifestação encerrou com um apelo coletivo por ações efetivas do poder público para garantir a segurança de pedestres, ciclistas e atletas em eventos esportivos e no cotidiano da cidade.