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Comportamento arredio do eleitor nas ruas deixa a eleição imprevisível no campo majoritário

  • blogdojucem
  • 25 de ago. de 2022
  • 2 min de leitura

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Os candidatos que estão nas ruas têm se deparado com uma grande dificuldade, que é abordar o eleitor não contratado pelas campanhas, o chamado voto consciente ou independente. As pessoas que se comportam desta forma são maioria e têm se mostrado arredias. Não é raro encontrar postulantes a um cargo público reclamando que não conseguem atrair público para suas reuniões. Isso torna o resultado da eleição imprevisível, apesar das pesquisas apontarem as tendências.


“Em 2018 a maioria estava revoltada e deu no que deu. Agora eu diria que a palavra é decepcionada. As pessoas não acreditam mais em nada. Vão votar por exclusão”, diz o coordenador de rua de uma grande campanha majoritária, que pediu para não se identificar temendo perder o posto.


O blog ouviu pelo menos cinco pessoas que estão na linha de frente de grandes campanhas, todos muitos experientes. Eles concordaram em falar, desde que tivessem as identidades preservadas. E as respostas foram muito semelhantes. “Você percebe claramente a rejeição de político A, B ou C. Mas é difícil captar a aceitação. Tá tudo muito confuso”, diz uma coordenadora de campanha.


“Tem ainda fatores que ninguém controla, como a influência do crime organizado. Ela está cada vez mais clara. Tem zonas em que a gente só entra com a autorização deles. E eles mandam no voto. Outro a equipe de um candidato quis entrar numa área dessas e foi expulsa à bala. Abafaram o caso”, revela outra.


Segundo todos os ouvidos, a onda criada em 2018 não se repetirá agora. “Se houver uma onda, será diferente, por outros motivos. Acho que o horário eleitoral vai ser mais importante do que nunca”, diz um experiente cabo eleitoral, que confessa a dificuldade de emplacar o discurso do político que o contratou. “As pessoas não querem ouvir propostas e sim soluções”, acrescenta.


Um uma coisa todos concordas: no que diz respeito à eleição proporcional – para deputado estadual e federal -, terá vantagem o candidato mais endinheirado. “Quem contratar mais terá muito mais chance. Poucos serão eleitos com o voto consciente”, resume a coordenadora.

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