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Paulo Onça não resiste ao tratamento após agressão e morre aos 63, deixando o samba de luto em todo Brasil: agressor agora é considerado homicida

  • blogdojucem
  • há 7 dias
  • 3 min de leitura

Paulo Juvêncio de Melo Israel, o Paulo Onça, sambista amazonense de 63 anos cujas composições foram gravadas pelos principais nomes do samba nacional e por duas escolas de samba do Rio de Janeiro, morreu nesta segunda-feira (26) pela manhã no Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), aonde havia sido submetido na semana passada a uma cirurgia para recompor sua calota craniana, afundada depois da agressão que ele sofreu na madrugada do dia 9 de dezembro do ano passando, quando envolveu-se em um acidente de trânsito na Praça 14 de janeiro, bairro aonde deu os primeiros passos da carreira e que será o palco das últimas homenagens ao músico.


Onça passou os últimos cinco meses tentando depois da agressão tentando se recuperar. Ele ficou em coma por mais de um mês no Hospital João Lúcio. Depois chegou a fazer sinais com os olhos até ser transferido, há duas semanas, para o HUGV, aonde faleceu. “Foi um guerreiro. Tentou muito sobreviver”, disse Simone Noronha, sua esposa. Ao longo do período a família do agressor, comerciante Adeilson Duque Fonseca, dono do Lanche do Bacana, não se manifestou em nenhum momento para ajudar o sambista. Agora, ela muda de status criminoso e será julgado por homicídio, não mais por tentativa.


Paulo Juvêncio de Melo Israel, ou ‘Paulo Onça‘ como é conhecido no mundo artístico, desde criança já tinha fascínio pelo mundo do samba. Quando menino já dava sinais do grande dom que o tornou reconhecido entre os grandes nomes do samba brasileiro. Tornou-se um compositor renomado e, desde os seus 16 anos, produzia músicas, a maioria valorizando o seu estado de origem: o Amazonas.


O primeiro sucesso de Paulo Onça na capital amazonense foi com o enredo ‘Nem Verde e Nem Rosa’, para a Escola de Samba Vitória Régia, que levou o título de campeã no Carnaval em 1990. A música depois se tornou samba de concentração da agremiação. Também ajudou a compor o samba de concentração de outra gigante manauara, a Reino Unido da Liberdade. “Meu Reino vem aí, é bom se segurar, chegou a hora da poeira levantar” são os versos mais famosos da canção. As últimas vezes em que se apresentou, aliás, foram no Pagode da Resistência, que ocorre aos sábados no botecão Zé Picanço, no Morro da Liberdade.


Outro feito de grande reconhecimento nacional é a canção ‘Ivete do Rio ao Rio’, escrita por ele e seu parceiro Alan, em 2017. O sucesso foi tanto que Paulo foi convidado pela Escola de Samba Grande Rio, do Rio de Janeiro, para compor em outros anos.


Assim, agora com o reconhecimento nacional, criações exclusivas de Paulo Onça foram interpretadas por grandes vozes brasileiras, como Zeca Pagodinho, Jorge Aragão e Exalta Samba, com quem Paulo construiu grande amizade. “Parintins, A Ilha do Boi-Bumbá – Garantido e Caprichoso” foi o primeiro samba de enredo que ele levou para a avenida, com a escola Salgueiro, em 1998.


Onça também compôs toadas para o seu bumbá predileto, o Garantido. “Boi Valente” é a mais conhecida.


Nas redes sociais, vários sambistas, artistas de diversas vertentes, autoridades e pessoas do povo estão prestando homenagens a Paulo Onça.


O velório ocorre a partir das primeira horas da manhã desta terça-feira (27), na quadra da escola de samba Vitória Régia e o sepultamento ocorre às 16 no cemitério de São João Baptista, ambos na Praça 14 de Janeiro.



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