“Sou de centro”, diz Amom, afirmando que técnicos de direita e de esquerda participaram da elaboração de seu programa de governo
- blogdojucem
- 2 de set. de 2024
- 2 min de leitura
Muito cobrado a se posicionar diante da polarização que vive o país, o deputado federal Amom Mandel (Cidadania), sabatinado hoje pelo G6 (grupo que reúne os proprietários de blogs, afirmou com todas as letras que é um político “de centro”. Acrescentou que, entre os técnicos que convidou para elaborar seu caudaloso plano de governo, com mais de 600 páginas, estão pessoas de esquerda e de direita, aos quais incentivou a debater para chegar a um consenso em várias questões. “Qualquer governante que errar terá meu repúdio, independente do viés ideológico”, acrescentou.
Ao longo da sabatina, Amom procurou defender e pincelar pontos de seu programa de governo, construído, segundo ele, por técnicos de organismos internacionais e por professores universitários. Ele evitou citar nomes quando questionado quem seriam os candidatos a seu secretariado, uma vez que afirmou em debates que os formuladores do documento seriam os membros de seu primeiro escalão. A respeito disso, afirmou ainda que vai governar com técnicos, abrindo exceção apenas os cargos de articulação política, como a Casa Civil.
Amom não fugiu de nenhuma pergunta durante os 45 minutos de entrevista e justificou a laranja que usou em um debate, bem como outras ironias, dizendo que há adversários que não querem debater ideias, por isso sua reação. O parlamentar ainda defendeu a linha de campanha, assumiu que conhece a linguagem das redes sociais e a usa para fazer política. Também descartou a possibilidade de negociar politicamente cargos no primeiro escalão, se for eleito.
Ele votou a dizer que encaminhou denúncias sobre o envolvimento da cúpula da segurança em crimes ao superintendente da Polícia Federal, questionou novamente o sumiço das filmagens da abordagem de policiais a seu veículo na zona Leste, mas não descartou ume eventual apoio do governador Wilson Lima (União Brasil) no segundo turno, ressaltando apenas que se manteria independente.
A respeito da afirmação reiterada pelos adversários de que ele seria protegido por uma estrutura familiar fincada no Judiciários, lembrou das vezes em que criticou decisões de seu avô, o desembargador Domingos Chalub, inclusive quando este suspendeu uma greve de professores . “Não passo a mão na cabeça de ninguém. Se algum parente meu errar, eu denuncio”, afirmou.
Comments