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Urgente: Polícia Federal indicia membros do Governo do Estado que participaram de operação para interferir na eleição de Parintins em 2024

  • blogdojucem
  • 26 de ago.
  • 2 min de leitura
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A Polícia Federal concluiu, na manhã desta quarta-feira, 27/8, o inquérito instaurado após a deflagração da Operação Tupinambarana Liberta. Cinco agentes públicos foram formalmente indiciados e deverão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção eleitoral e abolição do Estado Democrático de Direito. Entre os indicados estão o ex-presidente da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama), Armando do Valle; o ex-secretário de Cultura, Marcos Apolo Muniz e membros da cúpula da Segurança envolvidos no caso. Eles são acusados de tramar para beneficiar a então candidata a prefeita Brena Dianná (União Brasil), que tinha o apoio do governador Wilson Lima, seu correligionário.


A investigação apontou que o grupo criminoso teria utilizado parte da estrutura do governo estadual, inclusive com apoio de membros da força policial, para favorecer uma chapa que concorria à Prefeitura de Parintins. As práticas identificadas envolvem compra de votos e

ações voltadas a impedir o livre exercício do direito ao voto.


O inquérito já foi encaminhado ao Ministério Público Eleitoral, que analisará os elementos apresentados e decidirá pelas medidas judiciais cabíveis. A pena somada dos crimes investigados pode chegar a 20 anos de reclusão, considerando as qualificadoras previstas em lei.


Sobre a Operação


A apuração teve início a partir de uma notícia de fato apresentada pelo Ministério Público Eleitoral de Parintins em 16 de setembro de 2024. Durante as diligências, surgiram indícios de que líderes comunitários ligados a uma facção criminosa nacional estariam ameaçando eleitores e impedindo a circulação de candidatos em determinadas áreas da cidade.


Além disso, os investigadores encontraram sinais de omissão deliberada por parte de agentes públicos para beneficiar a candidatura favorecida, bem como provas de que o grupo monitorava adversários políticos e até mesmo os deslocamentos de equipes da Polícia Federal, numa tentativa de obstruir a atuação da corporação.


A operação foi deflagrada no dia 3 de outubro de 2024 e contou com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar do Amazonas, que acompanhou a execução das ordens judiciais contra os policiais militares envolvidos.


O nome da operação faz referência ao modo como os moradores locais se referem à cidade de Parintins , a “Ilha Tupinambarana, a ilha da magia” , aludindo à rica herança indígena da região, tradicionalmente habitada por povos como os Tupinambás. O município é conhecido nacionalmente pelo Festival Folclórico dos Bois Garantido e Caprichoso.

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