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Wilson insinua que denúncia de ex-diretor sobre corrupção na Secretaria de Saúde é “chantagem” e diz que equipe “vai fazer o que tem que ser feito”

  • blogdojucem
  • 19 de ago.
  • 2 min de leitura
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O governador Wilson Lima (União Brasil) respondeu indiretamente ontem, durante apresentação do balanço do primeiro mês do novo modelo de gestão do Hospital e Pronto-Socorro Dr. Platão de Araújo, às denúncias feitas pelo ex-gerente de Hospitais e Fundações da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Michael Lemos, sobre práticas de corrupção no órgão. Sem citar nomes nem contrapor os argumentos apresentados pelo denunciante, o gestor afirmou: “nenhum ataque, nenhuma chantagem vai intimidar a nossa equipe de fazer o que tem que ser feito”.


Ao lado de Lima durante o pronunciamento estava a atual secretária de Saúde do Estado, a enfermeira Nayara Maksoud, um dos principais alvos da denúncia de Lemos, que chegou a chamá-la de “mau caráter”. Ela manteve-se todo o pronunciamento de cabeça baixa. Outros citados pelo ex-gerente também estavam presentes durante a entrevista. O comandante da Unidade Gestora de Projetos Especiais, Marcellus Campelo, acusado de ser o verdadeiro comandante da SES, não estava no local.


Lima defendeu o novo modelo de gestão dos principais hospitais de Manaus, baseado na contratação de Organizações Sociais. É o que acontece na unidade que ele visitou ontem. Lemos afirmou que trata-se de um festival de corrupção, com o que concorda, por exemplo, o deputado estadual Wiler Barreto (Mobiliza), que tem denunciado repetidamente estas empresas à Justiça e aos órgãos de fiscalização. Mas o governador contestou pela primeira vez com mais ênfase as acusações e relacionou números e argumentos para justificar as contratações, todas elas bilionárias.


“Nós estamos mudando a saúde com coragem e determinação. Antes, a saúde era refém de monopólios, de prestadores de serviços que estabeleciam a dinâmica de atendimento, os fluxos, equipamentos, insumos, inclusive o funcionamento das salas cirúrgicas. Hoje, nós estamos abrindo a concorrência para todos aqueles que estão prestando serviço eficiente e aqueles que estão praticando um preço de mercado. Nenhum ataque, nenhuma chantagem vai intimidar a nossa equipe de fazer o que tem que ser feito”, afirmou.

O governador disse que o Platão Araújo aumentou o número de procedimentos cirúrgicos da ortopedia, que saíram de 200 para 355 por mês, e na cirurgia vascular, saltando de 70 para 93. Também garantiu que o tempo de espera para a realização das cirurgias ortopédicas caiu de 30 dias para apenas 3 dias, com a eliminação de uma fila represada de 110 cirurgias. A unidade também passou a realizar cirurgias de mão na urgência, com tempo médio de espera de apenas três horas, segundo ele.


Já na cirurgia vascular, onde o hospital é referência no tratamento de pé diabético, a produção diária saltou de dois para sete procedimentos, com a introdução de novas tecnologias e tempo máximo de espera de 24 horas.


As imagens que circulam nas redes sociais sobre o atendimento na unidade, entretanto, mostram pacientes em corredores à espera de atendimento. Pacientes denunciam que os Pronto Socorros agora administrados pelas OSs negam boa parte do atendimento. Por isso teriam reduzido a demanda.


Lima disse que, há 40 dias, o hospital mantém o “Corredor Zero”, eliminando a presença de pacientes em macas nos corredores, o que reforçaria a eficiência alcançada pela reorganização dos serviços.


Maksoud, Campelo e os demais citados pelo ex-gerente na denúncia não se manifestaram sobre o assunto.

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