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Bancada do Amazonas segue "meio Lula, meio Bolsonaro"

  • blogdojucem
  • 22 de jun. de 2023
  • 3 min de leitura


Os onze congressistas amazonenses em Brasília caminham para o fim do primeiro semestre legislativo oscilando entre uma postura pró-governo Lula e outra mais ou menos bolsonarista. Essa percepção é ainda mais consolidada na bancada do Amazonas no Senado Federal.


Na Casa Alta do Congresso, os senadores Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB) são dois dos principais defensores do Governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT) na bancada do Amazonas. Eles foram eleitores de Lula em 2022 e quando governadores tiveram muito próximos dos governo petistas.


Eduardo Braga é líder do MDB e, nessa posição, é um dos articuladores do governo. Ficou ao encargo dele a indicação de senadores para Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos atos golpistas de 8 de janeiro.


Braga chegou a ser indicado para presidir a comissão, mas declinou do cargo, optando por participar da articulação que levou a senadora Eliziane Gama (PSD) para o posto de relatora.


Omar Aziz também participou desta articulação e ao evitar integrar a CPMI dos Atos Golpistas se “auto escalou” para a estratégica relatoria do projeto de arcabouço fiscal, que ao lado da Reforma Tributária, é a principal matéria legislativa que o governo Lula quer ver aprovada neste semestre.


Plínio Valério segue a cartilha bolsonarista e se tornou uma das vozes mais críticas do governo Lula no Senado. Neste mês emplacou a eleição para a presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito das ONGs, que ele propôs em 2019, mas garantiu que usará a investigação de forma isenta. “Quero investigar essas Ongs suspeitas, nada contra o governo“, afirma o senador.


Lulismo na bancada da Câmara Federal cresce

O panorama na Câmara Federal é um pouco mais difuso, predominando entre a bancada do Amazonas a orientação do presidente da Casa, Arthur Lira (PP/AL), que se reveza entre um governismo equidistante e um bolsonarismo de ocasião.


Seguem a orientação de Lira os deputados Átila Lins (PSD), Silas Câmara (Republicanos), Fausto Júnior (União Brasil) e Adail Filho (Republicanos). Os quatro votaram em pautas de interesse do governo conforme o líder do centrão orientava


Foi assim na questão da MP que reorganizou a Esplanada dos Ministérios e no pedido de urgência para a votação do marco temporal para demarcações de terras indígenas. Quando receberam orientação de Lira, aprovaram conforme o interesse do governo.


Sidney Leite e Saulo Viana, mais Lulistas, e Adail Pinheiro, mais Bolsonaro, também têm calibrado o governismo deles em função de integrarem o Grupo de Trabalho que analisa o projeto de Reforma Tributária, que une as PECs 45 e 110. Na análise da votação deles, há mais votos governistas do que o contrário.


As duas raposas mais velhas da bancada seguem aproveitando as dores e as delícias de serem mais espertos que os outros. Ambos votaram em Jair Bolsonaro na eleição do ano passado, mas já estão com um pé no governo de Lula.


Átila Lins, considerado um governista empedernido, botou o pé no governo de Lula ao emplacar a nomeação do irmão, o ex-deputado estadual Belarmino Lins, para o cargo de superintendente adjunto da Suframa. “Todos sabem que Átila é governista, não importa quem seja o governo”, diz Omar Aziz.


Silas Câmara, que apoiou os governos petistas até o impeachment de Dilma Rousseff em 2016, era um dos principais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, recebido com pompas e circunstâncias no auditório Canaã, sede política da Igreja Assembleia de Deus no Amazonas, dirigida pelo pastor irmão de Silas, Jonathas Câmara.


Silas é o deputado do Amazonas mais beneficiado com a liberação de verbas pelo governo Lula: R$ 14,2 milhões pagas até agora. Da bancada, Silas só fica atrás dos senadores Eduardo Braga (R$ 32 milhões) e Omar Aziz (R$ 24 milhões).


Os deputados federais Amon Mandel (Cidadania) e Alberto Neto (PL) têm a atuação neste semestre consideradas as mais originais. Amon segue com a postura de “vereador federal” ao priorizar pautas relativas a Manaus, enquanto Alberto Neto se tornou a principal voz bolsonarista na política local, o que já gerou ciúmes na base do ex-presidente no Amazonas.

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