Pressionado, ministro diz que vai repor dinheiro que destinou a redutos eleitorais
- blogdojucem
- 26 de ago. de 2023
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cidade [estado] dele usando o mesmo orçamento que vocês chamavam de secreto ontem”, disse Lira, sem citar nominalmente o ministro, durante o programa Roda Viva, na TV Cultura, no dia 31 de julho.
As cidades mais beneficiadas com os recursos de Fávaro são Canarana, Matupá, Campo Verde, Querência e Alta Floresta.
A região é de atuação de aliados do ministro, como o padrinho político dele, o produtor de soja Blairo Maggi, ex-governador de Mato Grosso, ex-ministro de Michel Temer (MDB) e que faz parte do grupo do agronegócio que apoiou Lula desde a campanha.
O uso dos recursos que seriam “emendas extra” tem feito integrantes do centrão a citarem que o ministro poderá perder o cargo. No entanto, articuladores políticos de Lula veem Fávaro como um importante interlocutor do governo com o agro, setor que tem forte resistência ao petista.
No entanto até mesmo dentro do PSD há críticas ao ministro. As reclamações são de que ele não abre espaço na agenda para conversar com deputados e prefeitos. Além disso, a bancada do PSD da Câmara se sente desprestigiada.
O PSD tem três ministros, sendo que dois são senadores licenciados. Fávaro e Alexandre Silveira (Minas e Energia) deixaram o Senado para ocupar postos no primeiro escalão de Lula. Os dois integraram o time da campanha presidencial de Lula no ano passado. A cota do PSD da Câmara é André de Paula, que comanda o Ministério da Pesca, considerado de pequeno porte.
Apesar das reclamações dos parlamentares, articuladores políticos do governo não veem chance de o ministro ser substituído por ora.
Integrantes do Palácio do Planalto dizem que Lula tem boa avaliação sobre a gestão de Fávaro e que ainda o veem como uma ponte com o setor do agronegócio, boa parte refratária ao presidente, e com alas que apoiam Jair Bolsonaro (PL). Há reclamações mesmo entre empresários do agro, no entanto, de que Fávaro atuaria para beneficiar mais aliados em Mato Grosso do que o setor como um todo.
Além disso, o ministro é do PSD, cuja entrada no governo foi acertada antes mesmo da transição. Mexer nessa peça significaria um ruído com o partido e outro problema para Lula solucionar.
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